quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

Web 1.0, Web 2.0… a caminho da Web 3.0 …onde está a escola?


A Internet, tal como a conhecemos, tem pouco mais que um dezena de anos. A sua evolução tem sido um fenómeno interessante de seguir, passando de uma tecnologia elitista a uma metodologia democrática, com uma velocidade vertiginosa e de difícil monitorização.

 Passamos de uma fase unidireccional, a Web 1.0, em que as transferências de ficheiros eram a nossa principal actividade para uma outra, em que a bidireccionalidade e o sentido de partilha da Web 2.0 se manifesta profundamente. A caminho está o conceito de Web 3.0, em que as experiências em tempo real e em ambientes 3D se evidenciarão ou estão já a emergir, por exemplo, através do Second Life.

Nesta acelerada interferência na forma como entendemos o Mundo tivemos que alterar e
adaptar conceitos, adoptar novas metodologias e conceber formas de optimização das tecnologias (…que já não são nada novas!).
A Escola deve ser o veículo de “factos portadores do amanhã”, por isso, não pode ficar indiferente à vertiginosa e galopante evolução da Internet, pois pode incorrer na produção de conceitos desactualizados em relação ao futuro, pervertendo o significado dos objectivos das aprendizagens. Será no futuro que os nossos alunos colocaram em prática as “coisas” que aprendem agora!

Conceitos como a aprendizagem colaborativa, aprendizagem em ambientes hipermédia,e- learning, b-learning, e-conteúdos, objectos de aprendizagem, etc., estão a ter uma aplicabilidade cada vez maior em vários contextos de formação. Esta mudança de paradigma da aprendizagem sugere novas metodologias de ensino que os professores terão obrigatoriamente que dominar. Se não o fizerem correm o risco de serem ultrapassados e “esmagados” pela célere alteração do paradigma de como os alunos aprendem.

Sobressaem algumas evidências deste “novo contexto de Ensino/Aprendizagem”:
 • os professores terão que saber construir os seus e-objectos de aprendizagem através de ferramentas apropriadas;
• os professores terão que dominar as plataformas de e-learning (LMS3), como por exemplo o Moodle; • os professores terão que adoptar outras metodologias de ensino mais orientadas pelas teorias construtivistas;
• os professores terão que alargar o conceito de sala de aula, estendendo-o a toda a Web, bem como a outros recursos onde os alunos se possam sentir motivados para aprender.

Também as escolas terão que se apetrechar de tecnologia que suporte este avanço, mais
metodológico do que tecnológico. As escolas terão que aumentar a sua largura de banda, diversificar os locais de acesso Wireless4 à rede e providenciar o livre acesso à mesma.
Conjuntamente, terão ainda que aumentar o número de computadores e salas apetrechadas com equipamentos afins, tais como quadros interactivos e projectores multimédia, por exemplo.

Diferença entre WEB 2.0 e WEB 3.0

sábado, 29 de janeiro de 2011

Uma frase sobre a Web...

A Web “foi desenvolvida para ser um repositório do conhecimento humano, que permitiria que colaboradores em locais distintos partilhassem as suas ideias e todos os aspectos de um projecto comum” Berners-Lee et al. (1994)

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Introdução

O surgimento da sociedade pós-moderna está associado ao novo padrão de acumulação flexível e todos os seus impactos no modo de viver, produzir, trabalhar, etc. Estas mudanças são associadas ao processo de Globalização que nada mais é do que a unificação dos mercados em uma grande rede mundial. A complexidade nesta teia de mercados é tão intensa que Paul Virilio (1999), afirmou que o tempo e o espaço desapareceram como dimensões significativas do pensamento e da acção humana.
.Assim, a mudança no padrão de acumulação está estreitamente vinculada não apenas a uma mudança no sector produtivo, mas em mudanças na própria sociedade e em todos os elementos a ela ligados.
As novas tecnologias modificaram as relações de aprendizagem, possibilitando o (re) surgimento da Educação a Distância como uma modalidade capaz de aproveitar ao máximo a inserção tecnológica da sociedade informacional. A existência de uma cibercultura e o uso da TIC’s no processo de formação vem modificando a educação formal no país e no mundo.
A implantação de cursos de graduação na modalidade a distância nas instituições públicas foi intensificada nos últimos anos, abrindo um leque de possibilidades para o aprofundamento de estudos da modalidade. O incremento no universo de alunos, professores e gestores que trabalham com a educação a distância, actualmente, possibilita a investigação de elementos importantes em relação ao processo de ensino-aprendizagem realizado em EaD. Existem vários debates sobre o tema, enfocando os mais diversos aspectos da aprendizagem mediada por tecnologias e suas consequências para a educação e formação dos alunos. O número de plataformas de aprendizagem disponíveis hoje aponta para o desenvolvimento e incrementos nesta modalidade. A busca por um modelo de sucesso na educação a distância e respostas rápidas, foi substituída pela compreensão que somente a construção colectiva e a adequação   das propostas pedagógicas ao perfil dos alunos em cada localidade possibilitará o sucesso da EAD. Neste contexto, este artigo busca transpor as discussões sobre os limites e as possibilidades da aprendizagem em ambientes virtuais na modalidade a distância. O que pretendemos é analisar as multiplicidades de caminhos que o aluno, em seu processo de formação e construção da aprendizagem na modalidade a distância, poderá trilhar a partir da construção sólida de uma cultura digital.